Vanessa Vilela transformou café em cosméticos e foi eleita uma das 10 melhores emprendedoras do mundo pela ONU
QUEM É > Vanessa Vilela, 33 anos, farmacêutica, bioquímica e fundadora da Kapeh O QUE FAZ > Produz cosméticos à base de café |
Antes do primeiro lançamento, ela dedicou três anos à pesquisa e ao desenvolvimento dos cosméticos. Hoje, a linha coleciona 33 itens – que incluem spray para ambientes, xampu, gel e água com aroma da flor do café. É da fazenda de seu marido que saem as cerca de 40 toneladas de grãos usados na produção dos cosméticos.
Casada há sete anos, Vanessa adiou, pelo menos por enquanto, o projeto da maternidade para se dedicar integralmente à Kapeh (palavra que significa “café” no dialeto maia ainda falado em países como a Guatemala).
O modelo de negócios da empresa de Vanessa tem as parcerias e a terceirização de serviços e de operações como pilares estratégicos. “Montar uma estrutura física, com investimentos altos em maquinários e funcionários, naquele primeiro momento, não seria interessante”, afirma. Assim, foi possível montar a empresa com um investimento inicial de R$ 300 mil, em 2007. Os cosméticos são vendidos atualmente em lojas multimarcas, perfumarias, spas urbanos, farmácias e cafeterias. A primeira loja própria da marca deve ser inaugurada até o fim do ano.
Desde os primeiros passos, Vanessa estruturou a empresa para atender ao mercado externo. Os clientes de fora consomem 5% da produção. “A crise atrapalhou um pouco nossos planos, mas já estamos retomando a exportação”, diz. Ela aposta que, assim como nosso cafezinho conquistou o mundo, o café em forma de xampu e cremes também vai seguir o mesmo caminho. Por enquanto, Holanda, Portugal, Estados Unidos e Emirados Árabes já estão colocando o café de Três Pontas na cabeça e no corpo.
Vanessa ficou entre as dez finalistas do prêmio bianual Women in Business Awards 2010, promovido pela Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad). A premiação aconteceu em Genebra (Suíça), em abril do ano passado. A vencedora foi Beatrice Ayuru Bvaruhanga, de Uganda, que atua na área de educação. Entre as finalistas, estavam Olga Arean, da Argentina (que trabalha com produtos e processos de preservação artística, fotográfica e documental), Joy Simakane, de Botsuana (que montou uma empresa de desembaraço aduaneiro), Maria Klein, do Chile (na área de biotecnologia), Guenet Azmach, da Etiópia (moda), Lucia Desir, da Guiana (importações e exportações), Lina Hundaileh, da Jordânia (chocolates e doces), e Lilian Okoro, da Nigéria. Em agosto, a Kapeh faturou também o Prêmio Nacional de Inovação, promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Thays, o café é sempre um sucesso. Seja com leite ou no xampú... bj
ResponderExcluirÉ por isso que eu amo tanto ele, Anna!!!!
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