domingo, 5 de setembro de 2010

Qual a melhor maneira de preparar o Café?

      Quando li essa matéria na revista Prazeres da Mesa, fiquei muito feliz pois trata-se de um guia prático que revela o melhor de cada estilo de preparar Café, segundo a barista Isabela Raposeiras, do Coffee Lab, em São Paulo. As sugestões estão em ordem crescente de potência da dissolução dos óleos do grão.

Café de Filtro ou Coador de Pano

      O bom e velho Café de coador, feito no filtro de papel (ou mesmo no de pano), com água fervente. Há duas maneiras de prepará-lo: a antiga, no fogão; ou a mais usada em casa hoje em dia, na cafeteira elétrica. Essa última ganha pontos pela praticidade. Alguns modelos podem ser programados com horas de antecedência. A extração dos óleos é mais suave, e o resultado é uma bebida mais delicada e com a textura na boca mais reconhecida pelos brasileiros. Ideal para o Café de moagem média, que deve ser distribuído por todo o filtro. A água, em ebulição inicial de 96.C, fica em contato com o Café de 4 a 6 minutos.


French Press ou Cafeteira de Êmbolo
     
      É uma infusão. Método dos mais versáteis, é indicado para todos os tipos de Café. Mas o importante é que a moagem seja grossa. É muito fácil de operar: basta preaquecer a cafeteira com água fervente, colocar o Café recém-moído, adicionar a água a 96.C e mexer. Manter em infusão por 4 ou 5 minutos e abaixar o êmbolo.


                                                                        Aeropress

      É um Café filtrado, que extrai as características sobre pressão. Por isso é o que mais se assemelha ao de coador, que o brasileiro tanto adora. Mais uma vantagem: funciona bem com todo tipo de moagem. É uma invenção recente no mundo do Café. Surgiu em 2005, nos Estados Unidos, e chegou ao Brasil em 2009. Por todos os atributos, é considerada uma grande revolução e ainda assim não é cara. Custa de 120 a 180 reais. Ou seja, um bom custo-benefício. A ebulição inicial da água deve ser em 96.C, e o filtro de papel, especial para essa cafeteira, deve ser escaldado antes do uso, em água fervente. Encaixe o porta-filtro na base, coloque o café recém-moído dentro do cilindro. Acrescente água fervente e mexa lentamente. Aperte o êmbolo.

Moka Italiana

      A água sobe por pressão e gera um Café mais potente. Como resultado, é a que mais se assemelha ao Café Espresso e até por isso leva o nome de "italiana". De fato, é bastante popular no País da Bota. Nesse caso, é indicado usar pó de moagem mais fino. Use água fria e filtrada, até o nível da válvula do recipiente de baixo e coloque o Café recém-moído no filtro, sem compactá-lo. Feche a cafeteira, leve ao fogo baixo e quando o Café começar a subir, desligue o fogo.

 Café Expresso

      Potencializa todas as características do grão, acentua as virtudes e os defeitos do Café. Por isso, nem todo grão funciona nesse método. Por exemplo: um Café de pontuação alta no ranking, premiado pela acidez marcante, pode ficar agressivo demais com esse método. Faça um exercício em seu próximo expresso: tome o mesmo Café, extraído na mesma hora, em duas xícaras: na pequena convencional e em uma grande. A dica é dos baristas, que ainda não conseguiram explicara razão, mas o fato é que o Café na xícara maior muda, evolui muito e parece um Café diferente. Uma das possíveis razões está na expansão dos óleos, já que o recipiente é mais amplo. Para casa, funcionam dois tipos de máquina de expresso: as de cápsula e de sachê, cujo ponto forte é poder contar com a facilidade de ter, em poucos segundos, a certeza de um Café padrão de qualidade, vindo de importantes regiões produtoras. Com a máquina automática, o gourmet pode escolher qualquer grão, de qualquer lugar do mundo, e mesclar Cafés e, tal como um barista "caseiro", criar o próprio blend. Os equipamentos podem custar de 850 a 2.900 reais.


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