Ela não impõe muito respeito: tem forma de foguete, é laranja e cheia de bolinhas coloridas. Pudera, é uma pipoqueira infantil. Mas muito coffee geek já torrou café nela, até o "Yoda" dos geeks, o fotógrafo e designer canadense Mark Prince.
"Qualquer pessoa com paciência e uma varanda em casa pode torrar café em pipoqueira elétrica. No começo é difícil controlar o tempo - 4 a 5 minutos para massas de 40g a 60g", ensina Márcio Carneiro, que modificou uma dessas para controlar a potência.
A pedido do Paladar, a barista e mestre de torra Isabela Raposeiras reproduziu a experiência no seu Coffee Lab, em Pinheiros. Trouxe do subsolo suas duas pipoqueiras. Escolheu uma e pesou 60g de café cru - quantidades pequenas dão melhor resultado, porque os grãos têm espaço para se movimentar, à medida que são lançados para cima por uma lufada de ar quente. Antes de ligar o brinquedo, Isabela avisou: "Vai fazer a maior sujeira". Dito e feito. Dois minutos depois, e apesar do balde usado para tentar contê-las, as levíssimas películas saíram voando.
Quando Isabela tirou os grãos torrados do pequeno cilindro, a surpresa: não é que dá certo mesmo? Está longe de ser uma torra perfeita, como a obtida em um torrador profissional, com controle de temperatura extremamente preciso. Os grãos não torram uniformemente. Mas a pipoqueira pode ser um primeiro (e modesto) ensaio para quem quer começar a torrar café em casa - custa R$ 150; e o torrador não sai por menos de R$ 500.
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