quarta-feira, 29 de junho de 2011

Degustação de Microlotes. Vamos conferir?


      Além de uma pequena quantidade de café, o conceito de microlote está sempre relacionado a um produto de altíssima qualidade. A porção diminuta é resultado direto da dedicação com que o grão é produzido, desde a escolha da variedade a ser cultivada na lavoura até o perfil da torra. Para a alegria do consumidor brasileiro, ficou para trás o tempo em que esses cafés não estavam disponíveis no mercado nacional, pois eram exportados ou adquiridos por empresas estrangeiras em leilões. Hoje, cafeterias de todo o País investem nessas preciosidades para oferecer a seus clientes, cada vez mais exigentes, cafés de origem única, especialíssimos.

      Na última edição da Revista Espresso, foram escolhidas casas de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná e Bahia que investem em microlotes, todos 100% arábica. A degustação foi feita às cegas e os cafés foram preparados pelo método coado, em uma máquina da Bunn, operada por André Silva, representante técnico da marca na América do Sul. Participaram Tiago Lucchesi, gerente comercial da Astoria, Eliana Relvas, cafeóloga, Vitor Ladaga, responsável pela cafeteria da exportadora Naumann Gepp, de Santos (SP), e uma leitora.

RESULTADOS:


CHÁCARA BOA VISTA

Café da cidade paulista de Piraju, produzido por José Emílio Lisboa, entre 620 e 650 metros de altitude. O lote de duas sacas foi campeão na categoria microlote no 9º Concurso Estadual de Qualidade do Café de SP – 2010 e integra a 8ª Edição Especial Melhores Cafés de SP. No concurso, obteve nota 8,538 e foi adquirido por R$ 2.400 a saca. Foi um dos cafés que mais se destacou na prova, pela complexidade e equilíbrio apresentados.


AROMA muito agradável, doce e com notas de caramelo
SABOR doce, com notas frutadas
ACIDEZ alta CORPO intenso e macio
FINALIZAÇÃO rápida, mas boa e equilibrada
ONDE COMPRAR Cafeteria do Museu – Museu do Café, em Santos (SP)
PREÇO R$ 36 (250 g)




ESTANCIA SANTA RITA


Café da variedade obatã, peneira 17/18, produzido em Nova Fátima, no Norte Pioneiro (PR), a 750 metros de altitude, pelo produtor Luiz Fernando de Andrade Leite. O processo utilizado foi o cereja descascado e o lote é finalista do concurso de qualidade da Ficafé de 2010, onde foi adquirido por R$ 650 a saca. Também uma das bebidas que mais se destacou na mesa, pelas notas diferenciadas e boa acidez.
AROMA complexo, doce e com notas frutadas e de nozes
SABOR doce, com notas de abacaxi
ACIDEZ alta e cítrica
CORPO médio e macio
FINALIZAÇÃO rápida e agradável
ONDE COMPRAR Lucca Cafés Especiais, em Curitiba (PR) e Salvador (BA)
PREÇO R$ 20 (250 g)




FAZENDA DATERRA


Café da variedade acauã, produzido em Patrocínio, no Cerrado Mineiro, a uma altitude média de 1.150 metros, por Norberto Pascoal, com beneficiamento cereja descascado. Compõe um lote de apenas duas sacas. A variedade é um cruzamento entre mundo novo e sarchimor, de grãos ovalados e pontiagudos. Um excelente café, entretanto com o aroma mais complexo do que o sabor.


AROMA agradável, doce e com notas de chocolate e baunilha.
SABOR doce
ACIDEZ baixa
CORPO intenso
FINALIZAÇÃO longa, com um leve amargor
ONDE COMPRAR Ateliê do Café

PREÇO R$ 32,10 (250 g)



FAZENDA MONTE VERDE


Café da variedade bourbon amarelo, produzido por José Roberto Canato, em Carmo de Minas, Sul de Minas Gerais, na safra 2009/2010, a 1.040/1.380 metros de altitude. O grão, de peneira 14/15 e moka, foi beneficiado pelo método cereja descascado. Naquela safra, o mesmo lote, mas de peneira 16 acima, ficou em 4º lugar no Cup of Excellence 2009. Na prova, o café se distanciou dos demais, apresentando notas de longa conservação, apesar de apontar uma boa torra.


AROMA sem notas marcantes
SABOR sem notas marcantes ACIDEZ média
CORPO médio
FINALIZAÇÃO longa, com um pouco de adstringência
ONDE COMPRAR Buena Vista Café, em Juiz de Fora (MG)
PREÇO R$ 15 (250 g)



FAZENDA TEOLANDIA

Café da variedade mundo novo, produzido em Carlópolis, no Norte Pioneiro do Paraná, por Jorge Yooki Ito, a 520 metros de altitude. O grão foi beneficiado pelo método cereja descascado e pode ser encontrado na capital paulista, no Coffee Lab, e também no Rio de Janeiro (RJ), no Cafuné. No geral, mostrou-se um bom café.
AROMA doce, marcado por uma torra intensa
SABOR suave e agradável
ACIDEZ baixa CORPO leve
FINALIZAÇÃO boa e rápida, com uma leve adstringência
ONDE COMPRAR Cafuné, no Rio de Janeiro (RJ), e Coffee Lab (SP)
PREÇO R$ 19 (250 g)




SÍTIO SÃO JOSÉ

Café da variedade catuaí, benefi ciado pelo método cereja descascado, por Sebastião Márcio Pereira Nogueira, em Carmo de Minas, Sul de Minas, a 1.100 metros de altitude. O lote fi cou em 11º lugar no Cup of Excellence 2010, com nota fi nal 87,68 (SCAA), e foi adquirido no leilão do 7º Concurso de Qualidade dos Cafés de Minas Gerais (Emater), em que foi finalista, por R$ 670 a saca, de um total de 10 sacas. Na degustação, o café foi bem.


AROMA doce, com notas de chocolate
SABOR um pouco adstringente
ACIDEZ média e cítrica
CORPO leve
ONDE COMPRAR Suplicy Cafés Especiais, em São Paulo
PREÇO R$ 18,30 (250 g)


Fonte: Revista Espresso

Um comentário:

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