O café que faz parte do hábito das pessoas como uma das mais tradicionais e consumidas bebidas no mundo, virou comida. Isso mesmo. O resultado de quatro anos de pesquisa de uma dupla capixaba, apaixonada pela bebida, resultou em deliciosos grãos de café para comer.
Por isso não se assuste e nem se preocupe se receber uma proposta inusitada para comer um cafezinho. E para não se arrepender depois, é melhor aceitar o convite e degustar o aromático e saboroso grão que parece chocolate, mas é café.
A inovação que promete mudar os hábitos dos consumidores de café no Brasil e no mundo foi concretizada com a marca
Coffee Beans. Além dos grãos de café para comer foi criada uma linha voltada para profissionais da gastronomia e segmento de confeitaria, a marca
Coffee Coins.
A ideia genial dos grãos de café para comer veio dos irmãos e proprietários da
SPA (Sociedade Produtora de Alimentos), Flávio e Renato da Cruz Abaurre. A empresa de Vila Velha, em operação há mais de 20 anos, fabrica vários produtos de chocolate da linha
Diatt. O gosto pelo chocolate e pelo café foi herdado da família.
O café escolhido para a confecção dos grãos comestíveis é o arábica da variedade mundo novo, produzido nas montanhas de Minas Gerais. A torrefadora Cambraia, fornece para a SPA o café torrado – o ponto de torra é baixo e específico para a produção dos grãos comestíveis – e moído. Para a obtenção dos grãos, o café moído é misturado à massa de cacau.
A variedade selecionada, conta Flávio, é um café fino, que apresenta nota de caramelo, nota de chocolate e tem acidez leve. De todas as variedades pesquisadas essa foi a que reuniu as características procuradas. "Não queria uma variedade exótica. Preferi um café mais neutro, com notas características e aroma destacado", enfatiza Flávio.
A expectativa é que os grãos comestíveis conquistem o público jovem, que é uma faixa da população que bebe pouco café. "O café é um produto que tem um grande potencial de mercado no mundo todo e esperamos que essa inovação conquiste o mundo", enfatiza Renato.
O cacau, que é a base do chocolate, conquistou o gosto dos consumidores como bebida, consumida por mais de 200 amos, e se transformou em alimento sólido, com as irresistíveis barras. O café, no entanto, manteve a tradicional forma de consumo como bebida. Só em 2012, depois de conquistar o mundo como bebida, entra para a lista dos alimentos sólidos.
A fábrica da SPA tem capacidade para produzir 150 toneladas de grãos comestíveis por mês. Mas, pode triplicar a produção, em função da demanda do mercado.
A massa de café integral para uso culinário Coffee Coins é a nova ferramenta na elaboração de pratos e sobremesas finas será a novidade para o ramo culinário.
Fonte: A Gazeta