domingo, 22 de maio de 2011

Grenat - Participação do Leitor Cafeinado!


"  Boa tarde doutora, tudo bem? Hoje fui almoçar sozinho no Grenat Cafés Especiais pois estava por perto e gostei muito do que vi.

      A fachada é simples, mas esconde um ambiente aconchegante e climatizado, dividido em 2 andares. Sob o comando da proprietária Luciana Sturba, o atendimento eficiente e cordial. A casa começa a ficar cheia após as 13h, é um ponto de encontro dos restaurantes da quadra para um bom café.

Fachada
 
Interior do Café. 

Detalhe do Lustre.

     Para a refeição, optei por conhecer o prato executivo - Filét mignon ao molho Demi Glacé (molho madeira com gengibre e alecrim), arroz branco e purê de batatas recheado com queijo fundido (foto abaixo). O arroz branco, regado com um fio de azeite português Herdade do Esporão ficou fantástico e a refeição proporcionou prazer até o final.



      Terminada a refeição, perguntei à atendente qual café que atenderia melhor meu paladar: encorpado com baixa acidez. Aceitei a sugestão do Blend da casa - Bourbon Vermelho. Acompanhado de um biscoitinho amanteigado e um copo de água com gás, diferente do esperado este café apresentou um corpo e acidez médias e notas de frutas vermelhas, com aftertaste prolongado.

Veja - Comer&Beber

Balcão com as sobremesas!
 
Opções...

      Há diversas opções de grãos especiais que podem ser degustados em cafeteiras italianas ou pelo método French-press, com porções para 3 a 5 pessoas. Infelizmente não havia o grão da região de Piatã/BA, mas há alguns pacotes "importados" do Coffee Lab da renomada Isabela Raposeiras.
      Desta vez não provei nenhuma das sobremesas de café, com destaque para o Mini pudim de café e o Caviar de Café, mas recomendo e pretendo voltar lá em breve.


Abraços,
Márcio T. Suzaki"
Márcio, muito obrigada pelo post!
O "Cheirinho de Café" ficou muito mais interessante com a sua participação!
Volte sempre!


Para finalizar... 
Pri, Fabi e eu no Grenat. A gente está em todassss! Baladeiras dos Cafés, KKkkkk!


Keb / La Boulangerie


      Eu, Fabi e Pri fomos jantar fora (nosso programinha preferido!). Dessa vez fomos ao Keb, na 105 sul.

      O Keb serve vários tipos de kebabs (o kebab é um prato original do Oriente Médio e é feito com pequenos pedaços de carne de cordeiro assados ou grelhados em espetos, servidos com pão sírio) originários de várias nações: Kabab, Shish Kebabi, Shawurma, Shashlik, Tabahajaj e Judhaba. As receitas são muito parecidas, variando as carnes de acordo com a região.

A salada que a Pri pediu achei esquisitinha (eu, literalmente, como com os olhos), mas ela garantiu que estava uma delícia.

Esse foi o kebab que eu pedi (esqueci o nome, mas era um light. #regimefeelings), achei meio fraquinho...

      O restaurante é beemmm pequenininho. Deve ter umas quatro mesas, no máximo. Então, se você está pensando em colocar a fofoca em dia, sugiro procurar outro lugar, a não ser que não se importe que o cliente da mesa ao lado saiba tudo sobre sua vida. Agora, uma coisa ninguém pode negar: a parede vermelha do Keb faz um fundo fotográfico sensacional! (mulheres...)


Fabi - Eu - Pri

Elas são muito especiais!
       *** 
   Depois, atravessamos a rua para irmos até a La Boulangerie (106 sul) comprar um docinho (#formiguinhas).


      O boulanger Guillaume Petitgas e sua esposa Thaís Melo realizaram o sonho de abrir uma padaria que é um pedacinho da França na capital do Brasil. Lá vocês encontrarão tarteletes, brownies, éclairs, madeleines, baguetes, croissants, brioches, pães integrais, com azeitona ou cereais e mais um monte de outras delícias.

      Eu, realmente, me apaixonei pelos produtos da La Boulangerie! Comprei um (ou uma?) éclair de café. O doce lembra uma "bomba" e é sensacional. O recheio derrete na boca e o açúcar aparece no ponto certo, sem exagero. Mas, confesso que seu formato gerou uma certa polêmica entre a gente. É ou não é uma sobremesa com duplo sentido? (#mentepoluída)

Eclair de Café
Grande, né? Kkkkk!


 Aqui dá para ver o creminho saindo......

Brincadeiras à parte, vale a pena experimentar!

quinta-feira, 19 de maio de 2011

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Starbucks X Costa Coffee

Isso é o que eu chamo de concorrência!

Costa Coffe enfrenta Starbucks e dobrará em tamanho

      O novo diretor executivo, Andy Harrison, fixou um agressivo plano de expansão de cinco anos para suas redes Premier Inn e Costa Coffee, aumentando o orçamento do grupo para aberturas de novas lojas em 75%, para 350 milhões de libras esterlinas (US$ 584,57 milhões). Ele disse que pretende ter mais de 3.500 cafeterias no mundo todo nos próximos cinco anos. Essa expansão é equivalente a quase dobrar o tamanho da rede Costa Coffee, que atualmente tem 1.871 lojas.

Cafeteria Costa - Londres

      A Costa Coffee está enfrentando a líder global de mercado, Starbucks, em uma série de mercados externos de rápido crescimento, como China, Rússia, Europa Central, Oriente Médio e Índia. Harrison espera alcançar mais de 1.500 lojas externas em seu plano de cinco anos - como a Starbucks - e está bastante otimista.

Meu husband apreciando, com um sorriso nos lábios, o café da rede Costa!

Londres - Inglaterra



A reportagem é do Guardian.co.uk, traduzida e adaptada pela Equipe CaféPoint.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Falando em Cupcake...Receita de Cupcake de Café!

Ingredientes:

2 xícaras de farinha de trigo
1 colher (chá) de fermento em pó
1/2 colher (chá) de bicarbonato de sódio
1 pitada de sal
3 colheres (sopa) de café solúvel
1/2 xícara de água fervente
1/4 de xícara de leite
100 g de manteiga
1/2 xícara de açúcar
1/2 xícara de açúcar mascavo
2 ovos grandes
Grãos de café torrados para decorar


Chantilly

1 xícara de creme de leite fresco
1 colher (sopa) de açúcar de confeiteiro
1 colher (sopa) de uísque


Modo de preparo

      Em uma tigela, junte a farinha, o fermento, o bicarbonato e o sal. Em outra tigela, misture o café com a água fervente, deixe esfriar e acrescente o leite. Na batedeira, bata a manteiga com os dois tipos de açúcar até obter um creme leve. Adicione um ovo de cada vez, batendo sempre após cada adição. Junte a mistura de farinha aos poucos, alternando com a mistura de leite. Encaixe 17 forminhas de papel de 7 cm de diâmetro em um molde com cavidades, próprio para muffins. Preencha-as com a massa até atingir metade da altura. Leve ao forno moderado (180ºC), preaquecido, por 30 minutos ou até que, ao espetar um palito na massa, ele saia limpo. Retire dos moldes e deixe esfriar.


Chantilly

      Na batedeira, bata o creme de leite com o açúcar até obter picos firmes. Junte o uísque. Coloque em um saco de confeitar com bico pitanga e cubra os bolinhos. Polvilhe com o pó de café restante e sirva-os decorados com os grãos torrados.

***
Para ilustrar, maravilhosas fotos do Santo Cupcake que eu achei simplesmente incríveis! Exemplo de trabalho feito com perfeição! Apaixonei!
 

E aqui, um Cupcake de cappuccino da Luana Davidsohn. Igualmente lindo!  Ele é preparado com creme de café misturado com marshmallow. Ai, ai...


Me apaixonei....Cupcake Capuccino do Atelier Douce Marie!

Cupcake sabor café com cobertura e recheio ganache de chocolate com café.

Cupcake acompanhado de um cafezinho......tem coisa melhor?

 
Parabéns pelo trabalho!
Fiquei encantada!

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Starbucks Via - Café Instantâneo

     

       Eu já havia comentado com vocês aqui no blog sobre o lançamento do Starbucks Via _ sachês individuais de café instantâneo_ e, não posso negar, a propaganda é, literalmente, a alma do negócio.

      Constantemente, são lançados vídeos e comerciais para promover esses novos e maravilhosos produtos! (NOT!)



      E para finalizar, a forma de preparo do produto, afinal, as pessoas não devem saber preparar um café instantâneo, né?



Torrada



      A novidade da marca Oiti é o Toast It, um porta copos e porta panelas super divertido. A cortiça é recortada como se fosse um pão de forma, inclusive ele vem dentro de um saquinho desse pão! Outra coisa super legal: é vendido em várias lojas bacanas do mundo todo, como a loja do MoMA e na Urban Outfitters. É o design brasileiro chegando em várias partes do mundo! Aqui no Brasil, ele pode ser achado em lojas em São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e alguns outros lugares.


Trufa de Café - Prawer


      Ganhei da Fabi, minha praticamente irmã, uma trufa de café da marca Prawer (eu não conhecia as trufas de lá, apesar de já ter falado da loja aqui).

      Sério gente, a trufa é quase uma refeição! Mas, todos nós sabemos que tamanho não é documento e eu queria logo experimentar o trufão para verificar se o sabor estava tão bom quanto a aparência.


      Minha Nossa Senhora dos Que Saem Da Dieta! O recheio derreteu na minha boca, parecia um brigadeiro de colher misturado com um toque de café...divino!

      Podem comprar tranquilos as trufas de lá, porque a Fabi me garantiu que os outros sabores também são de fazer cair o queixo!

Obrigada, Fabi! Você é minha seguidora número 1! 

domingo, 15 de maio de 2011

O encontro entre café e vinho

Aprender a experimentar estes dois produtos de qualidade é algo único que instiga nossa memória, resgata boas lembranças, inicia conversas interessantes e comparações inevitáveis. Plantamos uma semente que dá início a este bate-papo sobre o tema que, certamente, não termina por aqui.



      O café na Arábia era qahwah, na língua deles, vinho. Conhecido como vinho da Arábia, desde sua descoberta tinha um caráter inebriante, conquistador, requintado. Capaz de dar energia e estimular os sentidos, a pronúncia da palavra assemelha-se ao que passamos a chamar café: qahveh.

      A relação entre café e vinho pode ter se iniciado há milhares de anos. Porém, os dois produtos traçaram caminhos distintos no conhecimento do mundo sobre suas complexidades e parecem agora ter se encontrado mais adiante nessa estrada. Hoje, vinho e café estão em pé de igualdade quando falamos de sabor, aroma e esmero na produção.

      O vinho criou uma cultura de apreciação importante e cativou amantes há décadas. O café, por sua vez, vem atualmente formando esse hábito e acompanha a rota percorrida pelo primeiro. Por fazerem parte de mercados de produtos diferenciados, ambos têm similaridades e podem ser comparados quando falamos em status de consumo.

      O universo do vinho gourmet permite com freqüência comparações entre safras de diferentes regiões produtoras, entre uvas de espécies distintas e tecnologias de vinificação (colheita, desengaçamento [soltar os bagos de uva dos cachos], prensagem, fermentação, filtragem e armazenamento). Cada tipo de vinho possui seu momento apropriado para degustação.

      No café não é diferente. O preparo que será dado ao café e a última etapa pela qual passa o produto influenciam fortemente na qualidade final na xícara, além, é claro, do beneficiamento (colheita, limpeza e separação, despolpamento, remoção da mucilagem e secagem e armazenamento) e da torra do grão.

PROCESSO PRODUTIVO

      A maioria das uvas cultivadas no Velho Mundo (França, Itália, Espanha, Portugal, Alemanha etc.) é reconhecidamente de qualidade. As vinícolas têm receitas milenares de cultivo que, aliadas aos diferentes microclimas das regiões onde são cultivadas e ao cuidado de cada produtor com o solo e a vinha, conferem às bebidas notas altas.

      A junção desses fatores é denominada terroir e influencia no resultado final do vinho produzido. Assim como a uva cultivada (branca ou tinta) e as variedades chardonnay, cabernet sauvignon, entre outras, que passam por diferentes processos de vinificação, o café possui duas espécies comercializadas, robusta e arábica, e variedades distintas, como catuaí, bourbon, icatu, conillon, entre outras, que também passam por beneficiamento diverso.

      No entanto, é possível estabelecer uma relação direta entre os processos pelos quais passam os dois produtos. O fruto do café, conhecido como cereja quando maduro, deve ser colhido na sua maturação plena, assim como a uva na videira. Para o engenheiro e juiz da Specialty Coffee Association of America (SCAA), Ensei Uejo Neto, “as variedades de café consideradas precoces, ou seja, que naturalmente possuem um ciclo entre a florada até a plena maturação menor do que as demais, têm como determinante o local de seu plantio para a obtenção de toda a gama dos aromas e sabores”. O mesmo acontece com as uvas cultivadas em clima frio, que permite com morosidade a expressão de todo o potencial do fruto e torna a bebida mais aromática e saborosa.

      “Ambos os processos resultam em uma bebida mais limpa, leve, um pouco menos encorpada, mas que permite a percepção de notas de sabor de origem vegetal, como flor, fruta, ervas, e a boa acidez”, explica Geórgia Franco de Souza, proprietária da Lucca, que ouviu pela primeira vez esta correlação entre café e vinho nos Estados Unidos, em 2000. A especialista ainda vai além ao relacionar o café lavado (desmucilado), que passa pelo processo de retirada da mucilagem, com os espumantes, que têm entre suas características a presença marcante da acidez. Ou ainda os vinhos de sobremesa feitos a partir de uvas supermaduras que concentram mais açúcar, assim como os cafés naturais conhecidos como late harvest, que usam do mesmo princípio, a colheita tardia, que resulta em grãos mais adocicados.

O NARIZ DUPLO PARA AVALIAR

      Na linha de relações entre as duas bebidas, a SCAA encomendou ao enólogo francês Jean Lenoir o estudo e o desenvolvimento de um grupo de aromas denominado Le Nez du Cafe (O Nariz do Café), que consiste em uma adaptação do trabalho por ele realizado em 1981 para as nuances do vinho. A caixa com pequenos vidros semelhantes a frascos de perfumes contém 36 aromas possíveis de ser identificados na degustação de cafés, como limão, mel, chocolate ou cedro, por exemplo.

      Para o vinho, Jean elaborou o Le Nez du Vin, que apresenta 54 aromas com notas primárias de fruta, floral, animal, vegetal e picante e, por fim, agradável, que engloba nuances secundárias como café, chocolate e caramelo, por exemplo. Depois de muito treino consegue-se resgatar na memória olfativa cheiros e sabores que lembram aquele do café ou vinho apreciados. Do desenvolvimento deste projeto surgiu a Roda de Aromas e Sabores da SCAA, que traz de forma completa ao degustador os mais de 30 aromas e gostos correlacionados (ver página 38). O vinho possui uma roda parecida que também destaca as nuances da bebida e ajuda o apreciador a estabelecer referências com o sabor que sentiu no momento da prova.


COMPLEXIDADE DO PREPARO

      Outras etapas importantes do vinho e do café são a fermentação e a torra, respectivamente. Fases estas que determinam a qualidade e o tipo de bebida ou grão que chega ao consumidor. O processo de fermentação do vinho é complexo, com diversas nuances entre os tipos de bebidas a serem preparadas. No geral, é um fenômeno natural no qual o açúcar contido nas uvas se transforma em álcool sob a ação de leveduras. Simultaneamente ocorrem outras reações químicas que, ao final do processo, resultam no vinho que conhecemos. O tempo de fermentação, a forma como toda a vinificação é realizada e o armazenamento para envelhecer ou seguir para o engarrafamento determinam a qualidade, o aroma e o sabor do produto.

      O mesmo acontece com o café no processo de torra, que ocorre respeitando as características do grão beneficiado, o tipo de preparo que ele irá receber e as possíveis diferenças de paladar e gosto do consumidor do produto. O mesmo grão torrado de maneiras diversas, nível do claro ao escuro, resulta em uma bebida completamente distinta que pode acentuar as qualidades ou mascarar defeitos dos grãos. Do lado positivo podem-se notar nuances cítricas, florais e doces ou negativas, como amargor e adstringência, por conta de um beneficiamento incorreto ao longo do processo ou de uma torra muita escura.

BARISTA E SOMMELIER: A PONTA

      O sommelier, conhecedor da arte para harmonizar o vinho, indicará a melhor temperatura para cada tipo de bebida. De acordo com Tiago Locatelli, sommelier do restaurante paulista Varanda Grill, um espumante deve estar na temperatura de 6ºC a 8ºC, os brancos leves a 8ºC e os encorpados e rosés entre 12ºC e 13ºC. Tintos leves devem estar ao redor de 17ºC e encorpados entre 18ºC e 19ºC. Para esfriar o vinho pode-se utilizar um balde de gelo; uma garrafa no gelo durante oito minutos sofre uma redução de 5ºC na temperatura, que corresponde a 60 minutos de permanência na geladeira. Há também o cuidado com a taça escolhida, que deve ser preferencialmente lisa, incolor, com pé alto e diâmetro de boca menor que o do corpo, o que facilita a análise olfativa.

      O café não chega pronto ao consumidor, esta a grande diferença entre ele e o vinho. Para prepará-lo corretamente é necessária a participação do barista, profissional que há poucos anos começou a ter sua importância reconhecida no mercado de cafés de qualidade. O barista carrega a responsabilidade de entregar ao apreciador um café bem tirado, que destaque todas as nuances que o grão apresentou durante o processo de produção.

      A última etapa da cadeia cafeeira está nas mãos deste profissional, que irá realizar a moagem adequada do grão para o tipo de preparo. No filtro ela é fina; na french press e na cafeteira italiana deve ser grossa; e para o espresso, média. A quantidade de pó para a proporção e temperatura ideais da água, a regulagem do acessório ou maquinário utilizado e o tempo de contato da água com o pó são pontos importantes para os quais o barista deve atentar, além da escolha da xícara de formato correto e sua temperatura.



TEXTO Mariana Proença, Revista Espresso.


Antes e Depois (com cafezinho na mão, claro!)